quarta-feira, 27 de abril de 2011

Cliff

Decades - Joy Division
Here are the young men, the weight on their shoulders,
Here are the young men, well where have they been?
We knocked on the doors of Hell's darker chamber,
Pushed to the limit, we dragged ourselves in,
Watched from the wings as the scenes were replaying,
We saw ourselves now as we never had seen.
Portrayal of the trauma and degeneration,
The sorrows we suffered and never were free.
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?
Weary inside, now our heart's lost forever,
Can't replace the fear, or the thrill of the chase,
Each ritual showed up the door for our wanderings,
Open then shut, then slammed in our face.
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Eternity and a Day

 Laying my heart on this bed of hay
Safe from the curse outside
For a moment
Reaching light
Reaching your heart
Laying
Side by side
Smiling to the stars

Close to you - Carpenters

quarta-feira, 20 de abril de 2011

About clouds XXIII

Today is Heavenly´s second birthday. Bless you all the ones that are visitng us. I think the best way to express my gratitude for your generosity and company is to bring you some clouds (we are in a place called Heavenly) and a mirror. The mirror of this Rumi´s poem: "You've no idea how hard I've looked for a gift to bring You. Nothing seemed right. What's the point of bringing gold to the gold mine, or water to the Ocean. Everything I came up with was like taking spices to the Orient. It's no good giving my heart and my soul because you already have these. So - I've brought you a mirror. Look at yourself and remember me". (Rumi)
Yulunga (spirit of dance) – Dead Can Dance

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Watching place


Observatório de avifauna a sul da L. de Óbidos entre os Braços do Bom Sucesso e da Barrosa

I´ll be watching you (Every Breath You Take) - Sting & The Police

sexta-feira, 8 de abril de 2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Devastation (Sobre a Crise)


" Bab´ Aziz "(Poem of the atoms) - Armand Amar
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Não consigo resistir hoje ao impulso de comentar um pouco sobre a actual crise política e económica em Portugal, atentos os últimos desenvolvimentos nessa matéria.
Sempre entendi que era (e ainda é) providencial que, nestes tempos de crise profunda, surgisse alguém (com credibilidade, autoridade, respeitabilidade, carisma e honestidade) que liderasse medidas e um movimento para a formação de um Governo que incluísse todos os Partidos com vocação de Governo – dando um sinal importante de credibilidade - decisivo para o País e para o seu exterior. Um impulso forte para se começar a obter/ganhar um sentido do colectivo – ausente num povo em que o individualismo é hábito. Mas na sua tomada de posse o Presidente da República deu o mote para agravar a desunião da família política e depois não teve a capacidade de conseguir (será que sequer o pretendia?) o consenso PS/PSD que evitasse que escorregássemos ainda mais para o abismo. Em sequência, e em poucos dias, todos desataram a correr de olhos vendados para o tal abismo confirmando-se que ninguém tem ou teve estatura para o saber ou querer evitar. Ao longo das últimas décadas a Partidocracia foi-se esvaziando de personalidades carismáticas, com qualidade e que inspirem confiança. Pontuam apenas algumas raras figuras que merecem respeitabilidade. Fruto de anos de "boys" sem preparação q.b. para os "jobs" - para além do quase ominipresente compadrio - a posicionarem-se, no aparelho do Estado, e impedindo os homens certos de estarem nos lugares certos.
Dia 23 de Março: a Assembleia da República foi palco de uma patética e irresponsável actuação dos partidos. O PSD liderou uma aberrante aliança direita/extrema-esquerda para liquidar a versão preliminar do PEC 2011, derrubando o Governo (enquanto o P. República fazia de Pilatos) e provocando eleições para daqui a cerca de dois meses. Deu-se uma imagem para o interior do país (e para o exterior) de menoridade, falta de senso e maturidade. Foi com perplexidade e desgosto que a maioria esmagadora dos portugueses assistiu ao debate na Assembleia. A mediocridade e o interesse individual superaram o desejo de resgatar o país de um destino cruel.
Dia 24 de Março: o Dr. Passos Coelho, em Bruxelas, foi forçado a reconhecer que afinal não tinha nenhuma alternativa para o PEC que chumbara na véspera e percebeu que não percebia o suficiente. Mais tarde, em entrevista a um jornal inglês, fez uma fuga para a frente anunciando que o PEC4 foi chumbado porque era “insuficiente” e que apresentaria um ainda mais “duro” – onde constaria mais um aumento do IVA.
Dia 25 de Março: na Assembleia da República a hipocrisia e o oportunismo político voltam a prevalecer. A Aliança direita/extrema-esquerda refaz-se, eufórica, e acaba, a meio do ano lectivo, com 6 anos de trabalho e negociações para levar a cabo uma avaliação justa para os professores.
Dias 26 e 28 de Março: o PSD anuncia que para além de privatizar a CGD, fará futuramente mais cortes nos salários e no 13º mês. Ou seja, o mesmo PSD que chumbou os sacrifícios que se pediam no PEC4 aos Portugueses afinal propõe ainda maiores sacrifícios.
Dia 29 de Março: Passos dá mais um passo e anuncia ao país, e só depois de tudo isto (pasme-se!), que vai finalmente começar a pensar num programa de Governo. Percebemos nós também que para além de ignorância há uma enorme ganância pelo Poder (e a que preço nos vai custar!) – de elementos do Partido com quem está comprometido. Enfim um Passos Coelho refém de lóbis – como é exemplo dar o dito pelo não dito acerca dos medicamentos genéricos.
Perante esta sequência, de apenas alguns dias, os mercados responderam subindo a taxa de juro, dos empréstimos ao Estado português, que andavam perto dos 7% (que já era um exagero) para um valor que ultrapassa agora os 9%. As Agências aproveitaram para dispararem “cegamente” e implacavelmente contra Portugal cortando “ratings” com uma celeridade nunca vista (5 níveis em apenas algumas semanas). Como era sabido, e com os dados que se conheciam antes, ou estas Agências agiam e agem com incompetência ou de um modo predeterminado, desde há muito, como perseguidores a cumprir uma missão (comandada por quem?) de exterminadores da qualidade de vida lusitana. E claro que não deixaram de aproveitar a oportunidade oferecida “de bandeja” durante essa semana em que Portugal deu um triste exemplo de si mesmo. Agora, com a casa a arder, PSD e CDS e Cavaco Silva estudam já um pedido de empréstimo no curto prazo ao FMI, sabendo-se que Bruxelas está contra, enquanto a Irlanda e a Grécia relatam as consequências perversas de terem recorrido ao mesmo FMI. Agora PSD e CDS estudam já, sofregamente, diferentes modelos de acordos/coligações e escolhem listas e futuros ministros como se já tivessem ganho as eleições de Junho próximo. Mais do mesmo.
O cidadão comum tem a noção de que parece continuar a importar aos líderes partidários apenas a sua estratégia individual em vez dos consensos que a grande maioria da população deseja. Onde está a compaixão e fraternidade pelo irmão Português que mora ao lado? Onde está um país de mãos dadas e unido com tenacidade em defesa do País? Quando será que todos perceberão que o Povo Português é ele próprio o D. Sebastião por quem espera há muito? Quando deixarão – cidadãos, sindicatos e comunicação social – de promover um clima crescente de exaltação social e política que representa mais um empurrão para o precipício? Seria importante perante uma missão quase (?) impossível que se avizinha – que todos os portugueses (sobretudo os responsáveis políticos) tivessem uma postura unificadora e serena – consubstanciada em actos no dia-a-dia – e pusessem de lado “azias” antigas, orgulhos e preconceitos. Temos todos de dar as mãos e voltarmos a plantar num terreno devastado. Num terreno de árvores arrancadas. Embora sabendo que vão demorar muito tempo a crescer.